05/07/2019

Praga - Dicas de Viagem

Em maio tive de ir até Praga e aproveito a ocasião para deixar algumas dicas desta experiência. 

Da Viagem

Aeroporto de Praga
Fui num voo directo de Lisboa até Praga pela TAP e escolhi um voo com saída às 01h45 com chegada em Praga às 06h00. O voo de regresso foi às 19h15 com chegada em Lisboa às 21h45. 
Notas: Em Praga é menos 1 hora do que em Lisboa e como pertence a União Europeia não existe o rooming o que me permitiu ter sempre os dados móveis ligados durante a estadia.

Do Hotel
O hotel foi escolhido via Booking.com e antes de optar por esta plataforma tinha pensado em procurar pelo Airbnb porém, os comentários sobre o nível de inglês dos proprietários não eram muito abonatórios e não quis correr riscos porque não falo nada em Checo e por outro lado queria um alojamento em condições com pequeno almoço incluído.
Na altura em que fiz a reserva informei o hotel, através da plataforma do booking, que iria chegar muito cedo e solicitei que o quarto estivesse pronto para um earlier check in
Fiquei no Hotel Grand Majestic Plaza, em Praga 1 ou seja, no centro histórico. Esta escolha foi sobretudo pela proximidade em poder visitar, sem recursos aos transportes, todos os locais que tinha idealizado para esta viagem.
O quarto era muito amplo e estava impecavelmente limpo. Em cima da cama tinha um voucher de oferta para o jantar onde o valor que eu tinha de pagar era 20 euros por um menu completo. Optei por jantar todos os dias no hotel devido ao voucher. Por este valor a refeição incluía, couvert, entrada, prato principal, sobremesa e uma garrafa de vinho (branco ou tinto ou espumante). O menu para este jantar era variado e muito acima da média a nível de qualidade e como o menu era completo a quantidade foi sempre ideal.

Dinheiro - Apesar da República Checa pertencer à União Europeia não aderiram ao Euro o que significa que a moeda nacional são Coroas Checas. 
A melhor opção caso tenham possibilidade é utilizar o cartão Revolut. Quem não tem este cartão pode saber pormenores no Facebook, grupo Revolut Portugal aqui.

Condições meteorológicas - Devia ter levado um guarda-chuva na bagagem e como não o fiz apanhei uma valente chuva logo no primeiro dia. Tive de ao shopping localizado na  Rua Namestí Republiky, perto do hotel onde fiquei mas não me livrei de ficar constipada. 
Shopping Center
Dicas sobre alimentação e bebidas - Existem imensas lojas de conveniência mas não aconselho nenhuma porque os preços são muito elevados. Só para terem um ideia é mais barato beber uma cerveja numa esplanada do que comprar numa destas lojas. Aquilo que fiz todos os dias em que fui passear foi apostar no pequeno-almoço e levar 1 ou 2 bananas e 1 ou 2 ovos cozidos. Este reforço ajuda com que a fome para almoçar só apareça mais tarde. 
O jantar como mencionado anteriormente foi sempre no hotel.
Para almoçar fui muitas vezes ao supermercado Billa onde é possível encontrar sandes maravilhosas, saladas prontas, cerveja e água (porque nem só de cerveja vive esta pessoinha). Os preços no supermercado são excelentes e podemos escolher um dos muitos parques ou praças para parar e comer descansadamente. 
Supermercado Billa
No último dia em Praga resolvi experimentar um doce típico que é vendido em vários locais, Trdlo. É um bolo em formato de cone que é assado na hora num espeto e pode ser vendido simples, barrado com chocolate, doce de fruta ou recheado com gelado, frutas e cobertura de chantily. Optei por comprar um simples barrado com chocolate e repeti a dose noutra loja porque aquilo era mesmo muito bom.
Dos Passeios
Nunca utilizei transportes excepto ida e volta para o aeroporto onde optei por utilizar Uber que funciona lindamente. De resto andei sempre à pé. Fiz dezenas de quilómetros por dia e valeu a pena porque na minha opinião não há maneira mais interessante de se conhecer uma cidade se não estivermos disponíveis para caminhar quase sem destino ou seja à descoberta.
Existem alguns mercados de rua onde podem encontrar desde artesanato local, frutas, bebidas e comidas rápidas.
Não se deixem enganar, como eu, se virem uma moeda no chão. Não tentem apanhar porque está colada e é uma brincadeira para apanhar os mais ingénuos.

Prague Castle - Um complexo enorme onde está o castelo de Praga e muitas outras atracções. Para entrar neste complexo temos de passar por um sistema de segurança e mostrar o que temos dentro da mochila.

The Dancing House - Um edifício que funciona como centro de escritórios e cuja arquitectura é bastante peculiar. Inicialmente este edifício tinha a designação de Fred e Ginger em homenagem aos dançarinos, Fred Astaire e Ginger Rogers.

Vysehrad - Depois de ter visitado a casa dançante continuei pela avenida fora até encontrar um caminho à esquerda com uma subida enorme onde vai dar numa fortaleza onde está a Basílica de São Pedro e São Paulo e um cemitério onde, pelo que percebi, estão sepultadas personagens históricas. O caminho para subir até esta Basílica não é muito visível e tive de perguntar para não andar mais perdida do que estava.

Charles Bridge and Bridge Towers - Este é um dos locais de passagem mais movimentado de Praga. É uma ponte com muitos artistas, imensos turistas e magotes de Chineses ("são mais que as mães", é impressionante). 
Esta é uma das pontes que se pode passar para a outra margem onde está o complexo do Castelo de Praga, o Bairro Judeu, o Menino Jesus de Praga e outras atractividades que podem ir à descoberta.
Nesta ponte existe mais do que uma estátua, em locais diferentes, onde as  pessoas passam a mão, talvez em sinal de boa sorte, não sei. Por via das dúvidas passei a minha mãozinha em todas, não fosse o diabo tecê-las.

Old Town Square - Esta também é uma das partes mais movimentadas de Praga porque para além de haver imensas esplanadas é onde está a Torre do Relógio Astronómico.

The Astronomical Clock - Fiquei muito curiosa para ver o que acontecia neste relógio porque à frente da torre juntam-se centenas de pessoas. À hora certa o relógio toca mas na minha opinião, não é nada de especial. É bem perto deste local que está a rua que vai dar ao Sex Machine Museum.

Municipal House - Actualmente é uma casa de espectáculos. Foi possível entrar sem problemas e dar um volta para admirar os azulejos e decoração interior. 
É aqui que está o Municipal House Cafe e todo o edifício tem uma arquitectura de tirar a respiração, estilo arte nova com tectos muito altos, janelas e espelhos gigantes assim como candelabros dignos de um palácio.

Infant Jesus of Prague, Church of Our Lady Victorius - Ir à Praga e não visitar a igreja onde está a imagem do Menino Jesus de Praga deve ser como ir à Roma e não assistir uma missa portanto, também fui visitar este local.

Josefov - Jewish Town - Fui visitar o bairro Judeu mas não entrei na sinagoga nem no cemitério.

Dos Museus
National Museum - O bilhete para este museu permite visitar uns 4 ou 5 museus diferentes sem ter de comprar outra entrada. De notar que tirando a pessoa da bilheteira ninguém fala inglês e mesmo a pessoa que está a vender na bilheteira não é muito fluente. É um museu interessante com muitas salas para visitar.
Mesmo ao lado deste edifício está outro museu que fui visitar de seguida, o National Museum New Building

Czech Museum of Music - Tendo em conta a localização do hotel onde fiquei alojada, este museu é do outro lado da Charles Bridge e apesar de não ser espectacular foi interessante.

Sex Machine Museum - Este museu vale muito a pena mesmo, é sério. É super divertido e com devices que não fazia ideia da existência. Se quiserem passar um tempo divertido não deixem de visitar este museu.

Hard Rock Café - É um espaço por onde passo sempre que viajo e aqui em Praga não podia ser diferente. Comi uns nachos e bebi um cervejola só para manter a tradição.

01/07/2019

Florianópolis - Dicas de Viagem



Em Fevereiro deste ano fomos até Florianópolis, capital de Santa Catarina no Brasil. A programação da viagem não era de todo para ser até ao Brasil porque já tínhamos uma marcação para a ilha de São Miguel, nos Açores. 
A decisão de alterar o destino aconteceu porque dois dias antes da viagem programada para São Miguel houve um alerta de tempestade, então numa situação completamente nova para nós, tivemos de planear e marcar em tempo recorde um novo planeamento de férias...e correu tudo maravilhosamente bem.
Depois de marcado o voo [lisboa/Rio de Janeiro], [Rio de Janeiro/Florianópolis], o desafio foi encontrar alojamento.
Como não conhecíamos nada daquela região, a grande tarefa foi perceber o melhor local onde ficar desde que fosse perto da praia. Após alguma pesquisa e da leitura de alguns comentários na Internet optámos por escolher ficar em Campeche. 
A aplicação Airbnb foi fundamental na nossa escolha e fomos altamente surpreendidos pela positiva. Escolhemos o nosso alojamento pelo preço, fotos, localização e sobretudo devido aos excelentes comentários que estavam naquela escolha específica. Ficamos alojados aqui. Se forem de férias para Florianópolis fiquem neste local, não se vão arrepender!
Imediatamente depois de termos efectuado a reserva liguei, via whatsApp, para o Sérgio, proprietário do alojamento local que não demorou quase nada para atender a chamada. Foi super simpático e trocamos algumas impressões sobre a temperatura local e outros aspectos que eram importantes para nós. Ficámos imediatamente entusiasmados por saber que dava para ir à pé até a Praia de Campeche. No mesmo dia em que reservamos o alojamento e que falei com o Sérgio, embarcamos para o Brasil.

Da viagem:

Aeroporto do Rio de Janeiro
Fomos pela TAP de Lisboa até ao Rio de Janeiro. O voo foi normal e tranquilo. Chegámos ao aeroporto do Rio de Janeiro fomos buscar as malas e passamos pelos trâmites normais que todos os turistas fazem para passar a fronteira internacional.
Depois desta parte fomos para o terminal de onde saem os voos nacionais. Fizemos o check in e despachamos a bagagem na Avianca [no momento em que estou a escrever este post, acho que esta companhia aérea já faliu]. O voo do Rio de Janeiro até Florianópolis também foi tranquilo e sem dissabores.
De notar que em ambos os aeroportos havia Internet gratuita.
Aeroporto de Florianópolis
Medicamentos: Como é habitual levamos em todas as viagens alguns medicamentos:
  • Paracetamol 
  • Imodium Rapid
  • Repelente PreVipiq (12 horas)
Dinheiro:
Optámos por não levar dinheiro porque temos o cartão Revolut que funcionou na perfeição.
Uma nota importante - Ainda no aeroporto fizemos o primeiro levantamento de dinheiro numa agência do Banco do Brasil que há no aeroporto de Florianópolis. Percebemos que quando os levantamentos são feitos através do Banco do Brasil, não há pagamento de nenhuma taxa.
Infelizmente só percebemos isso muito mais tarde e para todos os levantamentos que fizemos, posteriormente em caixas automáticas, já tivemos de pagar uma taxa que ronda os 5€ por levantamento.

Aluguer de carro
Como a viagem foi planeada de última hora não tivemos muito tempo para nos debruçar sobre este aspecto e decidimos alugar um carro, ainda em Portugal, através da plataforma Rentalcars.com mas não sabíamos muito bem como era o funcionamento. 
Chegados ao aeroporto de Florianópolis e depois de termos a nossa bagagem liguei-me à Internet disponível no aeroporto e fomos à procura da empresa que a Rentalcars nos tinha atribuído, a Foco Renta a Car. 
Como não encontrávamos a Foco em nenhum lado do aeroporto decidi abordar alguém das informações do aeroporto e só neste altura entendemos que a entrega da viatura não seria ali naquele local porque só as empresas como a Hertz ou a Aviz têm posto de atendimento no terminal do aeroporto. 
Andámos um pouco à nora e só algum tempo depois é que percebemos que existe um "ponto de encontro" como se fosse uma paragem de autocarros e é neste local que vai aparecendo um transporte identificado com a marca Foco para nos levar para o escritório onde a viatura é entregue. É importante referir que este pormenor de como o carro iria ser entregue não foi referido em nenhuma troca de e-mail com a Rentalcars.
A entrega do carro foi um processo que demorou à vontade mais de 1 hora desde que fomos com a Foco para o escritório deles até terem efectivamente nos entregue o veículo. Esta demora foi péssima para quem já tinha feito tantas horas de viagens e queria ter acesso ao carro e seguir para o alojamento.
Ter carro nesta viagem deu-nos autonomia e liberdade de deslocação contudo, acho que poderíamos ter optado por outra solução mas só percebemos isso depois de "assentarmos arraiais" no nosso alojamento porque não foi preciso utilizarmos o veículo, nos 2 primeiros dias.
Podíamos ter optado por ir de Uber do aeroporto até Campeche e alugaríamos o carro só quando fosse efectivamente necessário para as deslocações mais distantes porque, como já referi para os locais mais próximos, seria suficiente utilizarmos esta plataforma que tem preços muito acessíveis. Podíamos ter economizado pelos menos 2 dias de aluguer do carro.

Do Alojamento:
Nosso quarto em Campeche
Quando chegámos ao aeroporto aproveitei e Internet gratuita para avisar o Sérgio, via whatsApp, que já tínhamos chegado e assim que tivéssemos o veículo alugado íamos seguir directamente para a casa de forma a fazer o nosso check in. Por esta altura eu ainda pensava que o nosso alojamento era longe da casa dele, pelo menos era assim que eu pensava na altura. O Sérgio esteve sempre online e atento as mensagens que lhe ia enviando.
Antes de sair da empresa de aluguer de carros liguei-me à Internet disponibilizada gratuitamente pela Foco e informei ao Sérgio que já íamos a caminho. Imediatamente antes de sair coloquei a morada no Google Maps para poder seguir as indicações em offline, que funcionou na perfeição. 
O percurso do aeroporto até Campeche foi muito diferente porque nunca vi tanta motorizada na estrada e tantas lombas na minha vida. Rapidamente percebi que as lombas existem para controlar a velocidade dos utilizadores de motas.
Chegados à morada, numa localidade calma, viramos para a rua de destino e lá estava o Sérgio, com um sorriso no rosto, a nossa espera. Abriu o portão automático para podermos estacionar o carro. Quase de imediato apareceu a mulher dele, a Bete. Acho que posso dizer que tivemos aquilo que se pode chamar amizade à primeira vista. Percebemos que o Sérgio e a Bete moram numa casa no mesmo espaço onde têm 2 apartamentos completamente independentes para alojamento local o que foi para nós, um dos muitos pontos positivos na escolha daquele alojamento. 
Num primeiro momento deram-nos o comando do portão automático para estacionarmos o carro e uma chave para o portão de entrada, ajudaram-nos a levar as malas para o nosso apartamento, explicaram o funcionamento de tudo com muita simpatia e disponibilizaram-se de imediato para nos ajudar naquilo que nós precisássemos. 
A nossa primeira impressão foi fantástica em todos os níveis começando pelo facto deles parecerem à primeira vista, serem pessoas extraordinárias (o que se veio a se confirmar como dado adquirido). Por outro lado as fotos do apartamento que estão disponibilizadas através do Airbnb correspondem efectivamente aquilo que é na realidade e a Internet era rápida e sempre disponível.
Fomos recebidos de forma muito amável e isto fez com que nos sentíssemos verdadeiramente em casa.
Como eles ainda não tinham almoçado e nós também não, o Sérgio e a Bete perguntaram se queríamos ir com eles num restaurante onde estão habituados a ir e aproveitavam para nos mostrar um pedacinho de Campeche. Foi o nosso primeiro contacto com a gastronomia daquela região. Era um restaurante /padaria / pastelaria, localizado muito perto do alojamento. A comida é vendida ao peso e durante o almoço foi possível conhecermo-nos um pouco melhor. Eles deram-nos algumas dicas sobre o que visitar e informaram que no apartamento podíamos encontrar uma pasta com um mapa da cidade e muitas outras informações que nos podiam ser úteis.
No regresso, o Sérgio fez questão de dar uma volta de carro pelo bairro até a praia de Campeche e ao longo do percurso, ele e a Bete foram explicando onde podíamos comprar fruta e outras coisas úteis.
Fomos com eles sair à noite e sempre que havia a necessidade de nos ajudarem estavam sempre lá por nós e também pela amizade que estabelecemos.
Com eles tivemos a oportunidade de conhecer um pedacinho da noite de Campeche e também de Florianópolis. 
Podia estar a escrever imensas coisas, todas positivas, sobre o Sérgio e a Bete mas acho mesmo assim ainda seria pouco. Criou-se um laço de amizade. 

Aquilo que fizemos:
Como temos um espírito de aventura e praticámos algum desporto procuramos sempre fazer algumas caminhadas  em contacto com a natureza quando estamos em viagem e Florianópolis foi perfeito para este efeito. 
Existem imensas trilhas que culminam em praias ou cachoeiras incríveis.
Dicas: Para todas as caminhadas levar roupa confortável (t-shirt e calções) ténis apropriado, protector solar, repelente, boné, água, toalha de praia, biquíni/calções de praia. 
Todos os dias antes de sair de casa colocávamos no Google Maps a morada ou localidade para onde íamos passear e seguíamos as indicações em offline na medida que não utilizámos dados móveis fora de Portugal (seria uma fortuna).
Depois de 2 ou 3 dias a conduzir naquela região foi fácil entender a lógica das direcções a tomar quando queríamos ir para sul ou norte de Florianópolis contudo, nunca descartamos a utilização do Google Maps porque dava-nos uma maior segurança.
Curiosidade: Não fiquem à procura de uma morada com a indicação de "Rua qualquer coisa" porque é usual encontrarem a palavra Servidão ao invés da expressão Rua.

Ilha de Campeche 
Ilha de Campeche
Foi o primeiro passeio que fizemos. Como a praia de Campeche é perto de onde ficámos alojados fomos à pé até a Praia para apanharmos a lancha que faz a travessia para a Ilha de Campeche. Foi uma travessia muito cara (cerca de 30 euros por pessoa) para fazer um percurso de menos de 5 minutos. Na Ilha de Campeche não havia quase nada que compensasse fazer porque as trilhas mais interessantes estavam fechadas e as mais simples, únicas que estavam a funcionar, não eram interessantes. Levámos o nosso equipamento de snorkeling mas não era permitido sair da área delimitada da praia e esta situação foi mais um desapontamento. 
Existe um restaurante que vende refeições ligeiras e bebidas frescas mas como não há mais nenhuma opção os preços praticados são mais elevados do que na Praia de Campeche.
É preciso muita atenção com os Quatis que são animais nativos na Ilha. Para terem uma ideia eu estava pacientemente a almoçar e o meu prato foi literalmente atacado por alguns destes animais que são muito rápidos e ganham sempre ou seja, levaram o meu almoço. O empregado do restaurante percebeu como fiquei sem a minha refeição e trouxe-me um reforço.
Para além do preço elevado para ir até a Ilha existe outra condicionante negativa porque apesar de termos ido numa das primeiras lanchas da manhã, temos uma hora limite para voltar ou seja no nosso caso tivemos de regressar às 15h00 ou 15h30 se não estou em erro. 
Pelo preço cobrado e todo o resto que expliquei não achei muito proveitoso este passeio. Se tivéssemos optado por ficar na Praia de Campeche teria sido muito mais barato e mais interessante de uma forma geral.

Trilha do Gravatá
Trilha do Gravatá

Esta foi a nossa primeira trilha e apesar de não ser a mais complicada de todas as outras que fizemos, foi a que mais nos custou fazer sobretudo no regresso com o sol a "queimar até ao tutano". Na ida foi tudo muito tranquilo porque habitualmente começamos o dia muito cedo sendo o grande problema, o regresso. 
Estacionamos o carro no Supermercado Retiro e fomos à pé pela Rodovia Jornalista Manoel de Menezes até ao início da trilha. Segundo aquilo que nos disse um morador local não é conveniente estacionar na rua perto da trilha porque a polícia passa por lá muitas vezes e como não é permitido, dá multa.
O início da trilha é pouco evidente porque está numa rua onde existem moradias  e a placa indicativa não está mesmo à beira da estrada mas se forem com atenção dão logo conta ou então, basta perguntar que rapidamente indicarão o local. Ao longo do percurso foi possível vislumbrar paisagens lindas cuja grande expectativa é chegar à Praia de Gravatá, pouco frequentada, pequena e sem nenhuma sombra natural. Existe um barracão onde alugam guarda-sóis e onde é possível comprar bebidas como água ou cerveja.
Estivemos na praia, demos alguns mergulhos e ainda aproveitámos a sombra do barracão de apoio para conversámos um pouco com os proprietários. É sempre muito bom falar com os habitantes locais porque dão-nos sempre algumas dicas e neste caso disseram-nos para subirmos as enormes rochas que estão ao lado direito da praia e onde há uma rocha em formato de onda porque este percurso vai até a Ponta do Gravatá. Fizemos este caminho e quando chegámos à Ponta do Gravatá descansámos um pouco, tirarámos algumas fotos e simplesmente vislumbrámos aquela paisagem magnífica antes de decidirmos regressar. 
Regressámos até a Praia do Gravatá, bebemos água e fizemos a trilha de regresso. O regresso foi muito difícil porque o sol estava muito forte e durante um grande bocado do caminho não havia quase nenhuma sombra para irmos descansando.

Caminho da Gurita
Início do Caminho da Gurita
Deixámos o carro estacionado um pouco antes do inicio da trilha. É preciso ter alguma atenção porque quando começa a parte da estrada  em terra batida, ela é sinuosa, estreita (porque é para os 2 sentidos) e tem algumas pedras. Não existe um estacionamento propriamente dito, há espaços para colocarmos o carro perto das margens da Lagoa de Piri.
Esta trilha tem um nível elevado, é demorada mas talvez tenha sido a mais fantástica que fizemos porque vai dar numa cachoeira de sonho. Quando estávamos em banhos na cachoeira passou por nós um rapaz e meteu conversa. Na altura ficámos sem entender mas depois de trocar algumas impressões percebemos que ele e o irmão vivem ali, no meio daquela natureza. Disse-nos que se estivéssemos interessados em regressar ao início da trilha pela Lagoa de Piri ele nos podia levar de canoa por 50 reais, os dois. Combinámos uma hora para ir ter com ele à casa onde mora e por onde tínhamos passado quando estávamos a chegar à cachoeira. Assim que chegámos à casa do Israel ele apresentou-nos o seu irmão e mostrou-nos a casa como se nós já nos conhecêssemos. Falamos um pouco e continuámos a falar enquanto íamos à caminho do local onde ele tem a sua canoa. Foi sempre muito falador e elucidativo sobre a região e sua cultura. Fiquei impressionada com tamanha coragem em viver no meio do nada com poucos recursos e mesmo assim o Israel mostrou-se uma pessoa realizada e Feliz.
O percurso de canoa que foi feito em segurança (com coletes salva-vidas) e demorou mais de 30 minutos com o Israel a explicar-nos tudo em pormenor.

Trilha da Costa da Lagoa e Caminho até Ratones
Quando chegámos à lagoa da Conceição fomos procurar um lugar para estacionar o carro em segurança e sem termos de pagar. Demos uma boa volta pela localidade e estacionamos uma zona residencial, perto de uma jardim de infância, na Avenida Afonso Delambert Neto. Fomos à pé até ao terminal de barcos (Cooperbarcos) onde comprámos os nossos bilhetes de ida e volta.
A viagem de barco foi maravilhosa e descemos no ponto 16, como habitualmente a maior parte das pessoas que querem visitar a cachoeira o fazem. O caminho até chegar a cachoeira é muito simples e está bem sinalizado. 
A Cachoeira da Costa da Lagoa e muito bonita mas é bastante perigosa na medida que as pedras são extremamente escorregadias.
No regresso estivemos a falar com uma senhora que está a vender cocada e algum artesanato. Percebemos que ela mora mesmo ao lado da cachoeira e contou-nos um pouco da sua opção em ter deixado a cidade onde morava e o trabalho que tinha para ir morar para aquele lugar. Enquanto estávamos a conversar com ela apareceram alguns macacos à espera que ela lhes desse banana. Contou-nos que os macacos entram-lhe em casa se ela deixar a porta aberta e mexem em tudo afinal, eles são os moradores nativos daquele ecossistema e não os humanos.
Seguimos pelo caminho à procura de um lugar para almoçar e fomos até ao Bar/Restaurante Parada Certa onde comemos peixe e bebemos cerveja ao som de música brasileira. 
Quando acabamos de almoçar seguimos à pé até pelo caminho até ao último ponto de barco possível de ir via terra e voltámos para seguir o nosso planeamento que era fazer o caminho até Ratones. Foi neste percurso que apareceram dois cães que nos acompanharam religiosamente até ao final do dia. Fomos até Ratones e regressámos.
No regresso fomos à pé até ao posto 14 onde comemos uns pastéis de camarão acompanhados de uma bela cervejola, no Restaurante Amor de Mãe. Foi neste posto que apanhámos o barco de regresso.

Trilha da Lagoinha do Leste
Início da Trilha da Lagoinha do Leste
Fomos de Campeche até Pântano do Sul e estacionámos o carro na Rua Abelardo Octacílio Gomes. Seguimos à pé pela estrada até à Rua Manoel Pedro Oliveira, que é um pouco íngreme. O início da Trilha está bem identificado mas é preciso ter atenção para não deixar passar. Fiquem atentos ao vosso lado esquerdo quando estiverem a subir esta rua e vão dar facilmente com o início da trilha.
Como havia chovido muito na véspera o caminho estava um pouco escorregadio e havia centenas de melgas. Tivemos de colocar repelente várias vezes ao longo do percurso que culminou numa praia super linda e que estava quase vazia. Andámos pela praia de uma ponta até a outra e numa das partes podemos ver a Lagoa que se junta ao mar quando a maré sobe. Vimos algumas pessoas que estavam a fazer campismo selvagem e falamos com um deles que estava a pescar.
Escolhemos um lugar e aproveitámos a praia e o mar até ao momento em que  tivemos fome e já não havia nada para comer do que tínhamos levado connosco. 
Fomos almoçar no Restaurante Engenho do Vô. Mais do que uma pessoa nos aconselhou experimentar este local e foi um dos melhores restaurantes que estivemos porque havia muitas opções de comida, fruta e sobremesa, tudo em buffett com direito à repetição e o preço era super em conta.
Restaurante Engenho do Vô
Trilha dos Naufragados e do Farol
Início do Caminho dos naufragados e do Farol
Esta foi a nossa última trilha antes de regressarmos à Portugal e provavelmente uma das minhas preferidas. 
Fomos de carro de Campeche em direcção Ribeirão da Ilha e depois seguimos as placas indicativas para Naufragados. Estacionámos o carro na Servidão Amigos do Sul e fomos à pé até ao início da trilha. O percurso foi fácil e extremamente bonito. Passámos por algumas ribeiras de águas límpidas que tivemos de atravessar, vimos cavalos, gado a pastar e muitas borboletas. A vegetação é digna de um filme de encantar porque em algumas partes do percurso parece que estamos numa floresta encantada.
Ao fim da trilha encontrámos uma praia maravilhosa, das mais lindas que vi até hoje, estava praticamente deserta do lado que decidimos ficar e aproveitámos o dia quase todo em banhos de mar. 
Depois de aproveitarmos ao máximo fizemos a trilha de regresso e fomos almoçar no Engenho do Vô, o nosso restaurante de eleição.

Outras experiências - O aluguer do carro permitiu-nos dar à volta praticamente de norte a sul de Florianópolis. Como houve um ou outro de dia chuva optámos por aproveitar para evitar as trilhas e visitar alguns locais que queríamos ver.
  • Ribeirão da Ilha - O tempo não estava mal quando fomos conhecer esta localidade que tem uma forte influência Açoriana. Estacionámos o carro na Praça Hermínio Silva (onde está a igreja) e fomos à pé até ao Restaurante Nacanoa para provar alguns frutos do mar. 
  • Santo António de Lisboa - Estacionámos o carro no Multi Park perto da Praça Tancredo Neves e fomos passear à pé. Estava a chover muito no dia em que decidimos visitar esta localidade que está a Noroeste de Florianópolis. Também aqui é visível a influência portuguesa em vários aspectos. 
  • Mercado Público e ruas adjacentes - Uma das minhas visitas mais esperadas é sempre conhecer um mercado de rua onde tenho a possibilidade de conhecer melhor a cultura local. neste mercado há espaço para tudo desde comida, frutas, legumes, peixe e marisco. Para além disso há também uma área de roupas, sapatos, material tecnológico, etc. Nas ruas adjacentes existem imensas lojas de rua com preços bastante simpáticos. 
  • Figueira da Praça XV 
  • Catedral Metropolitana
Como disse mais acima neste post, tivemos a oportunidade de sair à noite com o Sérgio e a Bete para conhecer um pouco da noite de Campeche.
  • Campeche Food Park - Às quintas-feiras a Banda Mauê actua ao vivo com Forró. É muito bom!
  • Espaço Área Vip - Fomos todos dançar ao som de música ao vivo na noite de Florianópolis e divertimo-nos imenso. Foi nesta noite que conhecemos outro casal maravilhoso do qual ficámos amigos, o Valmeci e a Jane. Da última vez que voltámos ao Campeche Food Park eles também foram.