20/08/2018

Riviera Maya - Dicas de Viagem



Este foi o segundo ano consecutivo que fui à Riviera Maya. 
No ano passado fui surpreendida pelo meu marido que ofereceu-me a viagem de aniversário e foi uma das experiências mais fantásticas da minha vida.
Este ano decidimos repetir mas, desta vez fomos em família e decidi partilhar um pouco das duas experiência porque, para quem já esteve naquele local mais do que uma vez, como é o meu caso, acho que tenho algumas dicas que podem ser bem valiosas para quem está a pensar viajar para aquele destino. Vejam o vídeo e confirmem a maravilha que é a Riviera Maya.
A viagem do ano passado foi um achado de última hora em que só haviam duas vagas no avião (sorte de principiante) e a deste ano foi comprada num pack promocional da agência Abreu - Aeroporto de Lisboa (com o mesmo operador do ano anterior, Soltour) e tivemos de dar 10% de sinal no acto da compra, em março. O restante foi pago 21 dias antes da viagem. O hotel escolhido foi o mesmo do ano passado: Grand Bahia Príncipe Tulum.
No ano passado, assim que eu soube que ia para aquele destino, comecei a fazer uma busca no Google para perceber os locais a visitar, ver fotos do hotel, procurar toda a informação que fosse útil para ajudar a conhecer melhor a cultura Maya, ler opiniões no TripAdvisor e encontrar grupos de ajuda no facebook. 
Não sou especialista mas aprendi muito e agora partilho as dicas de viagem e espero que façam bom uso das mesmas. Qualquer dúvida que tenham é só dizer e tentarei ajudar.

O que levar na viagem:
Passaporte válido (original e fotocópia): Não é necessário visto. Guardem o passaporte no cofre do hotel e quando saírem para excursões ou passeios levem apenas a fotocópia, é mais seguro.

Dinheiro: Taxa de saída do México - Este valor varia conforme o hotel e deve ficar guardado no cofre do quarto porque só será utilizado no dia da saída do México, imediatamente antes de fazer o check in das malas. É melhor levarem euros, fica mais barato e eles só aceitam dinheiro em pesos ou euros. Não aceitam dólar.

Para a viagem de uma forma geral não levem pesos de Portugal porque o câmbio não é bom (1 euro = 17 ou 18 pesos). Assim que chegarem ao hotel troquem alguns euros no lobby porque o câmbio é mais vantajoso lá (1 euro = 19 pesos) do que em Portugal. Nós optámos por trocar apenas o indispensável para pagarmos o transporte (40 pesos por pessoa) até Playa del Carmem porque lá, arranja-se o melhor câmbio possível (1 euro = 21 ou 21,50 pesos) varia conforme a casa de câmbio e existem imensas.

Gorjetas: Os Portugueses não são muito "bem vistos" no hotel porque não têm o hábito de deixar gorjetas e neste sentido sugiro que troquem alguns euros por pesos mas, em notas de 50 pesos ou mais pequenas porque, podem sempre que necessário, deixar uma gorjeta. Eles dão muito valor às gorjetas, é notório.
Para quem é imprescindível dar gorjetas? Para o bagageiro (no dia da chegada e no dia da saída) porque não têm ordenado e vivem apenas das gorjetas; para quem arruma o quarto (no dia da saída); para quem vos acompanha diariamente no buffet - há sempre um empregado que vai sobressair durante a vossa estadia e é ele quem trás as bebidas, troca os pratos entre refeições, etc. (no dia da saída); nos restaurantes a la carte (é obrigatório sobretudo se for bem atendido). É imperativo dar gorjeta aos mariachis que tocam e cantam à mesa do Restaurante Tequilla e vale bem a pena!

Protector solar: Sempre com protecção 50 porque o sol queima mesmo à sombra. É sempre bom optar por marcas amigas do ambiente.

Vacinas e medicamentos: Não é necessário mas fui à consulta do viajante porque no ano passado fui picada por uma melga e fiquei com os pés num trambolho. Foi uma decisão pessoal para precaver e poder usufruir melhor a minha estadia. Como também pode acontecer a malta ter algum desarranjo intestinal (no nosso caso isso aconteceu no ano passado depois de almoçarmos no buffet da excursão para Sian Ka'an) levar medicamentos para esta situação é um descanso.
Como fui à consulta do viajante em Lisboa (Instituto de Higiene e Medicina Tropical), comprei tudo que o médico indicou e levei as indicações de toma para não me atrapalhar com tantos medicamentos diferentes:
  • Repelente PreVipiq (12 horas)
  • Mosquitino (embalagem com 2 pulseiras)
  • Imodium Rapid
  • UL 250
  • Paracetamol - Segundo o médico não é aconselhado levar Brufen
  • Ciprofloxacina Generis
  • Ebastina Mylan

Todos nós usámos repelente várias vezes ao dia e colocámos uma pulseira mosquitino. Acho que foi a decisão mais acertada porque ninguém teve problemas maiores com as picadas que acontecem na mesma mas, em muito menor quantidade.

Da viagem (Saída de Lisboa - companhia aérea Orbest):
  • É importante e aconselhável chegar ao aeroporto 3 horas antes do voo
  • Ter a bagagem de porão devidamente identificada com o nome e morada de Portugal para caso haja algum extravio - uma mala por pessoa até 23kg
  • Cada um de nós levou uma mochila como bagagem de cabine
  • Quando estamos perto de chegar ao destino os tripulantes do avião distribuem uns papeis que devem ser preenchidos individualmente por cada passageiro e um outro que só é preenchido pelo "chefe de família". É fácil de preencher e os tripulantes ajudam caso alguém tenha dúvidas. Estes papeis são entregues, carimbados e devolvidos junto com o passaporte depois de colocarem o carimbo de entrada no México. Devem ficar guardados juntamente com o dinheiro para pagar a taxa de saída e o passaporte no cofre do quarto.

Sobre o Hotel:
No ano passado não tivemos grandes escolhas porque o meu presente foi escolhido muito em cima da hora e o factor preço/qualidade foi fundamental para nós porque queríamos utilizar algum investimento extra em excursões.
De qualquer modo não tivemos razão de queixa porque o Grand Bahia Príncipe Tulum superou as nossas expectativas e repetimos este ano o mesmo hotel. 

Check in: No ano passado o check in foi feito directamente no balcão do hotel assim que chegámos mas, este ano, implementaram um novo procedimento e o check in foi feito dentro do autocarro, durante a viagem que liga o aeroporto de Cancún ao hotel (cerca de hora e meia de viagem). Durante esta viagem foi-nos dadas várias dicas e cuidados a ter, deram-nos as chaves do quarto, os cartões das toalhas de praia, o papel para buscar a chave do cofre, colocaram-nos a famosa pulseira cor de rosa e informaram sobre uma reunião que ia ter lugar no dia seguinte no teatro do hotel.
Reunião Soltour: Por decisão pessoal não fomos a reunião que acontece na manhã do dia seguinte à chegada ao Hotel, nem no ano passado (porque tivemos uma excursão no dia a seguir a nossa chegada) e nem este ano. Daquilo que ouvimos dizer dos outros passageiros, eles informam sobre a cultura, sobre as excursões, onde irão colocar a informação do autocarro para o dia da partida (na véspera da partida, na parte da tarde, eles colocam um papel na vitrina que está no escritório da Soltour no próprio hotel) e falam sobre a aquisição de um seguro extra para eventuais acidentes que possam acontecer. 
Quartos: São grandes, limpos e têm sempre o frigobar abastecido. Bebam sempre água engarrafada porque todos os dias colocam duas garrafas de litros e meio no quarto e se precisarem de mais é só pedir.
Restaurantes: Existem vários restaurantes e quem tem a pulseira rosa pode usufruir de tudo no Tulum e no Coba. Os buffets são maravilhosos. Não é permitido às pessoas que têm pulseira cor de rosa ir ao Akumal. É o hotel mais caro do Grand Bahia na Riviera Maya.
Dica: Para quem vai ficar durante uma semana há a possibilidade de marcar 3 restaurantes a la carte, no gabinete de Relações Públicas do Hotel (fica perto do lobby). Sugiro que marquem logo no dia da chegada independentemente da hora porque, os melhores restaurantes ficam esgotados rapidamente. O melhor de todos sem sombra de dúvidas é o Dom Pablo (no Tulum) com um serviço e comida muito acima da média e tem dress code. O Tequilla tem um buffet de entradas maravilhoso mas peca em termos de escolha à carta e também no serviço. O ambiente é genial com Mariachis a tocar e cantar em cada uma das mesas. Nâo tem dress code.
O restaurante Gourmet (em Coba) tem uma comida óptima mas o atendimento este ano foi péssimo. No ano passado foi 5 estrelas. Tem dress code.
Cofre do quarto: No ano passado era necessário pagar para poder ter acesso ao cofre mas este ano todos os hóspedes tiveram direito sem custos adicionais à utilização desta facilidade e dá muito jeito. Quando chegarem ao hotel entreguem o papel que vos foi dado no autocarro e levantem o canhão com a fechadura e a chave do cofre.
Toalhas de praia/piscina: Troquem, na recepção do hotel, os cartões que foram entregues no check in (dentro do autocarro) pelas toalhas azuis. Todos os dias podem trocar as toalhas usadas por outras lavadas num quiosque próximo das piscinas.
Praia do hotel: No ano passado estava perfeita mesmo não sendo uma praia com beleza natural porque o hotel delimita o perímetro com umas barreiras artificiais para evitar que os hospedes entrem para dentro do mar. Este ano estava com muitas algas mas mesmo assim foi sempre possível entrar e tomar umas belas banhocas naquela água maravilhosa.
Piscina do hotel: A melhor piscina é aquela que tem os animadores com várias actividades (bingo, zumba, yoga, etc). Está perto do bar do teatro e todos os dias os animadores fazem actividades e convidam as pessoas a participar. Neste hotel não se vê muitas crianças e as que existem estão, regra geral, noutra piscina. A equipa de animação da piscina é extraordinária e trabalham de manhã na piscina e de noite no bar com brincadeiras e danças em que é impossível ficar indiferente.
La Hacienda Dona Isabel: É um tipo de centro comercial com muitas lojinhas e alguns bares, farmácia para uma emergência, discoteca e umas casinhas coloridas muito lindas. Do lado de fora da Hacienda também encontram umas tendas com vendedores locais e dá para negociar qualquer coisa que queiram comprar. Eu adorei a Hacienda e comprei vestidos bordados à mão por 37 euros (uma pechincha), lá dentro comprei de um artista que faz peças únicas, uma Catrina (figura representativa do lado alegre da morte) por 50 euros e t-shirts de marca mexicana e amiga do ambiente por 38 euros o pack de 3 (à nossa escolha).
Natureza: Existem alguns animais (capivaras, guaxinins, iguanas, vários pássaros, etc.) que fazem parte do hotel e segundo o que aprendi foram para lá por iniciativa própria. 
Internet: No lobby do hotel é grátis porém, criaram este ano uma modalidade nova em que pode-se pagar 9 dólares (paguei 7,72€ - câmbio de 01/08/2018) através de cartão de crédito e consegue-se ter internet, durante toda a estadia, a mesma velocidade da internet gratuita, em todo o hotel. É suficiente para estarmos conectados com o mundo e vale a pena. 
Para evitarmos dissabores e surpresas durante a nossa viagem no que respeita às mensagens e chamadas de telemóvel (inclusive com o voice mail) ligámos o modo de voo logo depois da descolagem de Lisboa e só voltámos a ligar o modo normal, depois da aterragem, no nosso regresso. Quem quis falar connosco foi sempre através da rede móvel da internet do hotel, via messenger ou whatsApp.

Sobre o transporte por conta própria: Se forem até a estrada principal, fora do hotel (muita atenção porque eles conduzem muito rápido), irão ver que existem umas carrinhas tipo Van com riscas de cores diferentes (é o transporte comunitário utilizado pelos trabalhadores dos diferentes hotéis). Eles percebem logo que somos turistas e param na berma da estrada para saber para onde queremos ir. De qualquer modo se olharem para o lado direito desta estrada irão ver que existe uma paragem e podem apanhar o transporte ai. Perguntem se vai para a Playa Del Carmem e podem entrar com segurança porque é muito seguro, tem ar condicionado e é uma forma excelente e económica de sair do Hotel por meios próprios. Custa 40 pesos por pessoa cada viagem.
O táxi também é bom e seguro mas como éramos 5 pessoas seria necessário um veículo maior o que faz com que o valor seja mais ou menos de 900 pesos por viagem e não vale a pena uma vez que o transporte comunitário funciona bem e é seguro. No mesmo local em que a carrinha parar em Playa del Carmem é onde devem apanhar o transporte para o regresso. Quando regressarem a carrinha vai parar do outro lado da estrada onde está o hotel e aqui, têm de ter muito cuidado ao atravessar a estrada que é muito larga e como disse antes, eles conduzem muito depressa. Esperem o tempo necessário para atravessar até ao separador do meio e depois para onde está o hotel.
Em Playa Del Carmem vão encontrar uma das maiores avenidas com lojas que vi até hoje (5.ª avenida). É tudo muito caro mas vale a pena por vários outros aspectos.

Sobre as excursões:
No ano passado descobri através do Google, o site da Exploratours, uma empresa de um português (Miguel Castela), completamente desconhecido da minha pessoa até então e, num ápice, o site da Exploratours passou a ser, obrigatoriamente, visitado por mim mais do que uma vez, todos os dias, até ao momento de decisão do que fazer naquela viagem. Li literalmente o site todo, vi os vídeos e imprimi todas as dicas porque nem eu nem o meu marido fazíamos ideia nenhuma de nada. A decisão de formalizar a compra das excursões com o Miguel deu-se sobretudo, depois de eu ter percebido que uma amiga minha, era também, amiga dele no facebook e bastou um telefonema para que ela me dissesse para não hesitar e marcar as visitas porque não nos íamos arrepender. E a verdade seja dita, não nos arrependemos e ficamos apaixonados por aquela cultura através das explicações do Miguel.
Na altura só conseguimos marcar "oficialmente" a excursão para Chichen Itza, Ek Balam, Cenote e Valladolid. A marcação foi feita ainda em Portugal através do e-mail de contacto do site da Exploratour. Foram impecáveis e responderam de imediato. Fizemos o depósito da reserva e enviaram-nos logo a seguir os talões de reserva assim como todas as indicações sobre o que levar, o ponto de encontro e a hora, etc. O valor foi 85€ por pessoa (sem desconto) e demos 40 euros de sinal (20€ por pessoa). É importante salvaguardar que esta empresa faz um desconto de 10 euros por excursão desde que haja a marcação para mais do que um pacote.
No dia da excursão que foi logo no dia seguinte à nossa chegada, o Miguel conseguiu formar um grupo interessado em visitar Tulum, Playa Paraíso, Aldeia Maya e Coba, fora daquilo que é o calendário normal das excursões e então avançamos com a nossa segunda excursão e pagámos 70€ por pessoa (beneficiámos do desconto nesta excursão). Nesta excursão conheci uma das praias mais bonitas que eu tinha visto até então: Playa Paraíso. Este ano não foi possível visitar esta praia porque segundo soubemos estava completamente cheia de algas. Ainda ponderamos ir de táxi para que a nossas filhas e o nosso "genro to be" pudessem ver aquela maravilha porque, não é muito longe do Hotel e o valor de cada viagem rondava os 25 euros. Só não fomos porque com a quantidade de algas que ela tinha, não valia a pena.
Fizemos ainda uma terceira excursão para Sian Ka'an mas, é daquelas excursões que o Miguel pode vender mas não pode acompanhar. Na altura não entendi a razão mas depois de fazer a excursão foi fácil entender esta situação porque, por um lado o grupo tem de ser separado em grupos mais pequenos e por outro só há uma empresa autorizada para fazer esta visita na medida que se trata de uma das maiores reservas naturais do mundo. Foi a excursão mais extenuante que fizemos no ano passado e a única em que o Miguel não pode estar presente.
Este ano e porque fomos em família decidimos repetir a excursão Chichen Itza, Ek Balam, Cenote e Valladolid e mais uma vez foi genial. É nesta excursão que conseguem comprar presentes bem em conta. Levem pesos mas se não tiverem possibilidade de trocar no hotel, o Miguel Castela faz o câmbio. Levem o guarda chuva que está no quarto do hotel para esta visita porque o sol é demasiado forte. Dá um jeitão porque é grande e dá para fazer sombra para pelos menos duas pessoas. Uma dica: antes de saírem de Portugal vejam o filme Apocalypto (do Mel Gibson) porque quando chegarem à chichen Itza vai ser importante para o enquadramento das explicações que o Miguel irá fazer.
Em Chichen Itza negoceiem sempre o preço porque eles começam por pedir um valor alto e depois baixam bastante. É o melhor lugar para as compras desde que saibam negociar. Comprei t-shirts por 6 euros cada.
Inicialmente queríamos fazer a excursão à Isla Contoy e Isla Mujeres mas como é outra excursão que o Miguel só vende e não pode acompanhar, decidimos declinar esta excursão e fazer uma completamente nova com ele, para Holbox. Combinámos esta excursão à distância via whasApp porque ainda não estava divulgada no site da Exploratours e não nos arrependemos porque Holbox é o paraíso na terra. Nesta excursão vivemos momentos inesquecíveis na viagem entre Chiquilá e a ilha de Holbox onde vimos flamingos e tivemos gaivotas a voarem junto ao nosso barco.
No ano passado fizemos uma marotice (duas vezes). Fomos de madrugada e por conta própria, nas carrinhas comunitárias, até a praia de Akumal. A razão desta marotice era porque sabíamos que podíamos estar à vontade para mergulhar e ver as tartarugas sem sermos incomodados por ninguém. Saíamos do hotel às 5h30, vimos o sol nascer já na praia de Akumal e assim que havia alguma claridade mergulhámos numa das experiências mais fascinantes que tive até hoje. Para este efeito levamos de Portugal umas máscaras próprias que adquirimos na Declaton e que facilitou para quem assim como eu, não tem muito jeito com o equipamento tradicional de snorkeling. Este ano não fizemos esta marotice e ouvimos dizer que neste momento a praia está concessionada e as entradas estão completamente vedadas. Para entrar é necessário pagar.
Ficam as dicas e caso tenham alguma dúvida que eu possa ajudar é só dizerem. Boas Férias e divirtam-se!!!