Acabamos de chegar do Instituto de Odivelas. Amanhã terá início um novo ano letivo e a nossa filha está tão entusiasmada como no 1º dia, três anos atrás.
Caminhei por aqueles corredores com um misto de felicidade e raiva. A felicidade de ver a minha filha correr para abraçar as amigas, de ir à camarata ver onde vai passar todas as noites; de ir escolher a sua carteira de sala de aula e organizar os livros nas respetivas prateleiras com todo o cuidado e respeito pelas colegas que ainda não chegaram; de sentir no ar um orgulho de pertencer aquela família onde todas aquelas jovens, são irmãs e estão ali para se ajudarem mutamente...
Raiva de pensar que alguém, muito pouco iluminado, teve a triste ideia de querer mudar tudo que funcionou bem até hoje. Alguém que não deve ter mais nada que fazer ou então, está completamente desenquadrado de realidade nacional e, apenas vê números, à frente dos olhos.
Aquelas meninas, de Odivelas, sabem o que são os símbolos nacionais, sabem o que significa respeito, sabem ser educadas e estão a estudar para tornar Portugal um país muito melhor.
Se elas quisessem estudar noutro sítio, nunca tinham ido estudar para o IO, tinham ficado a estudar no bairro onde pertencem. Por alguma razão, elas escolheram ir para o Instituto de Odivelas. No meu caso pessoal, a escolha de ir para lá estudar foi integralmente tomada pela minha filha e quando ela me apresentou a proposta, não posso negar que...fiquei radiante. Sabia que ali residia muito dos preceitos que eu sempre preconizei e, tenho muita pena, de todas as outras escolas de Portugal não serem como são as escolas militares. De certeza que Portugal seria um país muito melhor. Não tenho dúvidas disto e, gostem ou não gostem, é a minha opinião. Para além de ter dois irmãos militares, também casei com um militar e tenho pelo menos uma sobrinha que estudou num estabelecimento de ensino militar portanto, sei do que estou a falar.
As alunas do IO divertem-se como qualquer jovem da idade delas. Namoram e chateiam-se como qualquer adolescente mas há algo que elas têm, que nenhuma outra escola poderá ter...elas são irmãs!
Senhores políticos, olhem para a realidade enquanto ainda há tempo e não venham depois dizer que foi culpa do governo anterior. Para ser político, deve ser preciso ter uma coragem diferente daquela que o comum dos mortais tem, portanto, encham-se de coragem e façam algo! Gastem menos dinheiro com publicidades em campanhas eleitorais pois não é para isto que eu contribuo com impostos.
Não deixem morrer o IO...Eu não me calo e irei fazer o que estiver ao meu alcance para dar a conhecer a minha opinião.
Rosângela Alvarenga Baptista