O meu Pai...aquele que me fez em muitos sentidos, ser assim como sou.
Foi com os seus ensinamentos que fui interiorizando desde muito cedo, ainda sem ter a noção que aquelas ideias estavam-se a entranhar em mim, que temos de ser verdadeiros. Sempre que escrevo sobre ele, é uma das primeiras palavras que me surge naturalmente e de forma involuntária, à cabeça. Talvez, isso queira dizer muito mais do que alguma vez fui capaz de discernir sozinha. Fez-me acreditar em sonhos, sentir o calor do seu colo e do seu cheiro como se neste exacto momento, bastasse eu fechar os olhos e viajar no tempo para voltar a sentir aquele aconchego.
Foi um Pai presente e preocupado como não me canso de dizer. Em nenhum momento do meu crescimento tive a preocupação em ser a filha preferida pois, o amor que eu recebia era o suficiente para me fazer esquecer muitas das dificuldades que senti ao longo da minha adolescência/juventude.
Tenho de agradecer ao meu Pai por me ter sempre dito, literalmente com todas as letras, que me amava. Ainda hoje e sempre que falamos ao telefone, apesar da sua voz embargada de emoções lágrimas consegue verbalizar aquilo que sente por mim. Ele soube e continua a saber amar...
Sabe Pai, eu já te disse milhões de vezes e não me cansarei de dizer que eu também te amo muito.
Para te fazer rir um pouco, peço-te que imagine que eu estou ao teu lado, mesmo junto ao teu ouvido e, mesmo sabendo que já não tens a mesma audição de outrora, faz de conta que te estou a sussurrar, com sotaque de Portugal (este pormenor é importante)...
...Amo-te Pai e vou ter este sentimento para sempre e até ao infinito. É a minha expressão de amor com humor, que te quero deixar este ano.