Não sei se todas as famílias têm as suas tradições. A minha tem algumas que faço questão de manter e as perpetuar, por exemplo: desde que estou casada que tenho o hábito de enfeitar a árvore de natal no primeiro fim de semana de Dezembro. A árvore em causa foi comprada no ano em que casei, numa altura em que a única superfície comercial de jeito que havia em Lisboa, era as Amoreiras contudo, não foi aí que compramos a nossa árvore.
As nossas opções não eram muitas e, como a maior parte dos portugueses, adquirimos a nossa árvore num dos hipermercado existentes na altura, em Alfragide.
Ela está connosco há mais de duas décadas e, mesmo depois de já ter perdido pelo menos uma haste, continua a ser a árvore da família Baptista...eu tenho uma estreita ligação com as memórias e a energia que ela me transmite. Não tenho intenções de a trocar por outra mais elegante, moderna ou mais farfalhuda. Sei de antemão que enquanto eu for acrescentando os enfeites comprados ao longo dos anos, outros que foram feitos pelas minhas filhas quando andavam no infantário e alguns que trouxemos de alguns países que tivemos oportunidade de conhecer, vou viajando no tempo e nas memórias mais profundas do meu coração.
Numa viagem mais longínqua no tempo, lembro-me da minha infância e da árvore que os meus irmãos iam buscar ao cerrado de Brasília. Competia-nos a tarefa (aos 4 irmãos), de forrar aquela árvore cheia de galhos e sem folhas, com algodão branco. A ideia era criarmos uma ilusão de algo o mais próximo possível da neve...afinal o natal também acontecia num país tropical e, no cerrado, não existem pinheiros porém, aquelas 4 crianças estavam empenhadas em criar uma árvore que pudesse representar a época festiva naquela casa.
...e foi assim, até um dia em que eu já não me lembro quando, a magia se transformou...cada um seguiu o seu caminho e têm agora, ou não, a sua árvore de família, a sua própria história.
Recordo-me do primeiro Natal depois de casada e também de todos os seguintes conforme a família ia crescendo. Nasceu a nossa primeira filha, depois outra e, no meio destas alegrias, vivemos momentos de desespero que tivemos de ultrapassar.
Ao longo destes anos tivemos periquitos, uma gata que apesar de já não estar entre nós faz parte integrante da nossa história de vida, um camaleão fêmea (a Becas) que acabou por morrer em Mons, na Bélgica. Ainda vive connosco a mais querida de todas as cadelas do mundo, a Kika. Cada dia que passa ela está mais meiga e amiga dos donos e neste Natal já tem um presente reservado para ela.
Não gosto da confusão das compras mas adoro o mês de Dezembro e sabes porquê? Sabes, sabes...
Ao longo destes anos tivemos periquitos, uma gata que apesar de já não estar entre nós faz parte integrante da nossa história de vida, um camaleão fêmea (a Becas) que acabou por morrer em Mons, na Bélgica. Ainda vive connosco a mais querida de todas as cadelas do mundo, a Kika. Cada dia que passa ela está mais meiga e amiga dos donos e neste Natal já tem um presente reservado para ela.
Não gosto da confusão das compras mas adoro o mês de Dezembro e sabes porquê? Sabes, sabes...
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