19 de fevereiro de 1994 - sábado 7h00: entrei em trabalho de parto. Foi uma aventura até chegar à maternidade Alfredo da Costa. Só lá para o final da tarde, pude conhecer um dos seres humanos mais determinados que conheci até hoje, tu Dani. Naquela altura eras tal e qual uma bonequinha, muito pequena e completamente careca. Choravas tanto que eu pensava que ia dar em doida. Ao longo destes 19 anos houve outras alturas que pensei estar a falhar como mãe e deste-me uma adolescência bastante prolongada....ui, nem me quero lembrar. É o que dá querermos ser pais sem pensar que para esta tarefa, não existem manuais.
Neste Natal tive a oportunidade de te mostrar alguns vídeos de quando ainda eras uma bebé. Pudeste ver com os teus olhos, apenas uma pequena parte daquilo que foram anos de amor, empenho e extrema dedicação que tanto eu como o teu pai tivemos contigo. Podes te questionar muitas vezes se somos uma família perfeita porém, depende muito daquilo que podemos considerar perfeito, não é? Julgo que já tens idade para perceber algumas coisas que antes não conseguias compreender e, isto, chama-se maturidade.
Tens uma vida pela frente e como te estou sempre a dizer: o teu futuro depende apenas do teu esforço, de traçares os objectivos que pretendes alcançar e, enfim, de muito trabalho que terás de fazer até chegares lá.
Se mantiveres a dignidade, o trabalho, a lealdade e a perseverança, alcançaras senão o sucesso, aquilo que é mais importante que tudo ou seja, a honra. Quando chegares a este patamar, nada te vencerá pois, poderás te dar ao luxo de andar sempre com a cabeça erguida e garanto-te que não há nada mais confortante que isto.
Amo-te muito minha guerreira e tenho o teu nome tatuado no meu coração.