Como habitualmente o nosso fim-de-semana começou na sexta-feira. Ao final da tarde estivemos no jardim a brincar com os nossos animais, a beber uma cerveja e a ver o pôr-do-sol.
No sábado, como o prometido é devido recebemos a família Escusol. A ementa já estava escolhida desde o princípio da semana e o post de hoje leva a descrição de uma receita à pedido de uma querida colega da ESHTE, a Paulinha.
Passando à frente aos aperitivos (não os fotografei), que foram acompanhados de caipirinha ou champanhe deu-se início a uma grande cavaqueira onde mais uma vez o "Portinhol" reinou. A malta estrangeira delíra literalmente com a nossa gastronomia e o bacalhau com natas que era suposto ser uma entrada, foi por assim dizer, o primeiro prato.
Para segundo prato escolhemos um arroz de pato que é um espectáculo e faz sempre muito sucesso! Numa ocasião, um ex-chefe do meu marido que era alemão, esteve cá em casa com a sua mulher para jantar connosco. Ele gostou tanto do arroz de pato que antes de ir embora pediu-me com a maior descontração se eu podia lhe colocar um pouco num tapeware. A mulher ficou cheia de vergonha e eu senti-me muito orgulhosa e recebi o invulgar pedido como um grande elogio. No dia seguinte, devolveu o tapeware e disse que tinha adorado...Tanto, que aquela dose que levou para casa tinha sido o seu pequeno-almoço.
Aprendi a fazer esta especialidade com um dos chefes do Cantinho Regional "Serra da Estrela" do Centro Comercial Colombo e desde então, modéstia a parte, estou para encontrar uma receita melhor.
Agora que olhei para a fotografia lembrei-me que tinha comprado umas azeitonas pretas para acompanhar mas como já devem ter percebido, esqueci de as colocar na mesa. Sexta à noite e sábado de manhã devo ter sido atacada pelo bichinho da exaustão. Estava de rastos e a minha cabeça no mundo da lua. Deixei as chaves de casa e do carro, do lado de fora da porta e esqueci as baguetes no supermercado. Por este andar, foi uma sorte não ter trocado o pato e bacalhau nas respectivas receitas. Se as minhas amigas Ana Costa ou a Pi estivessem por cá diziam-me com certeza que é da PDI.
A sobremesa tinha forçosamente de seguir a linha da gastronomia tradicional e fizemos uma das minhas especialidades: Sericaia com Ameixa de Elvas, cuja receita partilho hoje, excepcionalmente:
500g de açúcar
100g de farinha de trigo tipo 55
12 ovos
7,5 dl de leite
1 pau de canela
Canela em pó q.b.
Misture o açucar com a farinha peneirada e as gemas passadas num passador. Reserve as claras no frigorífico sem as bater. Vá deitando o leite em fio mexendo o preparado com umas varas. coloque um pau de canela para aromatizar e leve ao lume brando sem deixar de mexer até engrossar. Retire do lume e deixe arrefecer completamente. Bata as claras em castelo bem firme e incorpore com cuidado ao preparado anterior. Retire o pau de canela e deite a mistura numa forma de barro com pelo menos uns 20cm centímetros de altura. polvilhe com canela e leve a forno brando até estar cozido, cerca de 1 hora.
Sericaia empratada com a ameixa de Elvas. Para desenjoar, uns pedaços de melão e um cálice de vinho do Porto.Ainda fomos ao Event Center dar um pezinho da dança na festa do queijo e da cerveja.
Enfim, mais um sábado (que escrevo com letra pequena por causa do acordo ortográfico - tenho de começar a me habituar), que foi um verdadeiro sucesso entre amigos.